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O clima na segunda quinzena de agosto: potencial formação de bloqueio atmosférico e onda de calor

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A segunda quinzena de agosto será marcada por uma estiagem em grande parte do Brasil, acompanhada por uma onda de calor que elevará as temperaturas a quase 40°C.

Tendências e/ou valores positivos desfavorecem a atuação de sistemas de precipitação, principalmente na Região Sul.

Após uma intensa frente fria que fez as temperaturas caírem em todo o centro-sul do país, o calor já está retornando para o Brasil. Ao longo dos próximos dias, as temperatura podem chegar até os 35°C nas capitais do Sudeste e até os 40°C em alguns municípios do Centro-Oeste. Em Ituverava e Barretos (SP), por exemplo, as temperaturas já chegaram a 32°C graus nesta quarta-feira (14), enquanto que Coxim e Sonora (MS) registraram 34°C.

Ainda que as máximas estejam atingindo valores altos durante a tarde, as mínimas, durante a madrugada, ainda podem atingir valores muito baixos devido à alta amplitude térmica que as condições meteorológicas presentes no país estão propiciando.

Além do retorno do calor, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) já tem publicado avisos sobre a umidade relativa do ar, que pode atingir valores abaixo de 12%, com grande risco de incêndios florestais e piora de quadros de saúde, especialmente os relacionados a doenças pulmonares.

Bloqueio atmosférico pode ocasionar intensa onda de calor no segundo semestre de Agosto

Tudo indica que, ao longo da próxima quinzena, uma região de alta pressão vai se estabelecer sobre o Brasil, configurando um bloqueio atmosférico. Bloqueios são fenômenos meteorológicos onde um sistema de alta pressão (anticiclone) permanece estacionário ou se move muito lentamente por um período prolongado, geralmente vários dias ou até semanas.

Esse bloqueio meteorológico impedirá a passagem ou formação de sistemas capazes de causar chuva, resultando em padrões de tempo estáveis e secos no país. Além disso, o sistema impedirá a entrada e circulação de ar mais frio e, consequentemente, não deixará as altas temperaturas se dissiparem. Isso pode ocasionar a formação de uma onda de calor.

Ondas de calor são caracterizadas por um período prolongado (geralmente de três dias ou mais) onde as temperaturas máximas permanecem significativamente acima do normal para a região e para a época do ano, em geral 5°C acima da média histórica. A situação pode ocasionar aumento de internações hospitalares por doenças relacionadas ao calor e ao tempo seco.

A situação é corroborada ainda pela Oscilação Antártica (abreviada como AAO), um índice capaz de traçar panoramas climáticos para o centro-sul do país com previsibilidade de cerca de duas semanas. Num geral, tendências e/ou valores positivos desfavorecem a atuação de sistemas de precipitação, principalmente na Região Sul.

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