Disputa em Teahupoo marcou retomada da parceria entre o surfista e Charles Saldanha, o Charlão.
Após conquistar a medalha de bronze na disputa pelo terceiro lugar nos Jogos Olímpicos, em Teahupoo, na última segunda-feira, Gabriel Medina dedicou a medalha ao padrasto, Charles Saldanha, o Charlão. Treinado atualmente pelo australiano Andy King, Medina voltou a contar com o apoio de Charlão, que deixou de ser seu técnico em dezembro de 2020, durante as Olimpíadas.
– É (uma dedicatória para ele). Significa muito para nós, depois de alguns anos sem viajar juntos, a gente retomou aqui em Teahupoo. Não tinha como ser diferente, uma medalha pro Charlão, que eu sempre chamei, que sempre esteve do meu lado, sempre me ajudou bastante, e é por isso que eu surfo também. Significa muito eles me assistindo, minha mãe, minha irmã, então, eu fico feliz de deixar minha família feliz, então é mais que uma medalha de bronze essa conquista disse Medina em entrevista para a TV Globo ao lado de Charlão, que valorizou o bronze.
– Ele ganhou um bronze, não é que ele perdeu o ouro, ele ganhou um bronze e ele honrou a gente. Não é fácil ganhar uma medalha, são muitos surfistas que chegam aqui. A gente depende também da natureza, como aconteceu na semifinal. Então não é fácil você, num campeonato mundial de nível excelente, fazer um terceiro lugar. Então eu considero isso uma vitória, uma medalha ganha. E muito orgulho do Gabriel de ter ganhado essa medalha – disse Charlão.
Depois de perder na semifinal para o australiano Jack Robinson em bateria praticamente sem ondas, Medina dominou a disputa contra o peruano e conquistou pela primeira vez na carreira uma medalha – em Tóquio, havia ficado em 4º lugar. O francês Kauli Vaast venceu o algoz de Medina na final do masculino e levou a medalha de ouro. Tatiana Weston-Webb encara Caroline Marks na briga pelo lugar mais alto do pódio ainda nesta segunda.