Um levantamento divulgado nesta semana pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) aponta que nunca foi exportada tanta soja por Paranaguá como no primeiro semestre de 2017. Entre janeiro e junho, foram escoadas 6,7 milhões de toneladas do produto. “O Paraná obteve uma supersafra e o Porto do Paranaguá estava pronto para receber essa produção”, disse o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
O desempenho dos primeiros seis meses de 2017 bateu o recorde do primeiro semestre de 2016, quando foram exportadas 6,4 milhões de toneladas. O aumento deste ano em relação ao ano passado é de 4%.
O diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, explica que o resultado é fruto dos investimentos pesados feitos nos últimos anos, aliados à alta produção do Paraná em 2017. “Mais de R$ 620 milhões foram investidos desde 2011 para atender à indústria e ao setor produtivo. Com isso, aumentamos a nossa produtividade em 33%”, explica Dividino.
Entre os investimentos, estão reformas do cais, substituição de equipamentos antigos por modernos e mais eficazes, trocas de equipamentos, campanhas de dragagem e novos processos automatizados, que dão mais agilidade e segurança às operações.
A primeira colheita de soja em 2017 foi recorde absoluto no Paraná. No total, 19,5 milhões de toneladas foram colhidas, número que representa 3 milhões a mais que o registrado no ano passado, que registrou 16,5 milhões de toneladas. O aumento foi de aproximadamente 19%. Os dados são do Departamento de Economia Rural (Deral).
Segundo o economista do Deral, Marcelo Garrido, o recorde histórico neste ano se deve a diversos fatores, com destaque para o clima, a extrema organização das cooperativas agrícolas, o mercado e as boas condições de escoamento. “O que temos observado, atualmente, é que o Porto de Paranaguá está totalmente preparado e as condições de operação são mais que o suficiente para a exportação dos produtos paranaenses”, comentou Garrido.
O Porto de Paranaguá também acaba de inaugurar dois tombadores no silo público. Com a nova estrutura, a capacidade de descarga de caminhões vai praticamente dobrar. Antes das obras eram recebidos, em média, 400 caminhões por dia na área. Com os aportes, de R$ 22,2 milhões, a capacidade passa a ser de cerca de 700 caminhões por dia. Esses são os primeiros tombadores em silos públicos em operação no país, que tornam o descarregamento dos caminhões mais rápido e automatizado.
Apesar do alto número de veículos de carga que descarregam em Paranaguá, que na época de safra chega a 2.500 por dia, os investimentos em logística eliminaram as filas de caminhões e longos períodos de espera para os caminhoneiros no Porto. Apenas neste ano, o Pátio de Triagem de Caminhões do Porto de Paranaguá recebeu 228.233 caminhões. O número corresponde a 4.565 veículos a mais que o número registrado no mesmo período do ano passado.
“O mais importante é que conseguimos aumentar a produtividade do Porto e, consequentemente, o número de caminhões que descarregam em Paranaguá. Ao mesmo tempo, conseguimos zerar as filas que geravam transtornos para a cidade e para as movimentações de cargas”, ressalta Dividino.
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